O fruto sagrado era uma excelente fonte de alimento dos indígenas, uma vez que o Butiá pode ser armazenado por um longo período de tempo. Além disso, nada era desperdiçado: as folhas eram empregadas no artesanato, fabricação de cestas, chapéus, bolsas, redes, armadilhas para caça e pesca e até na cobertura de cabanas.
Há indícios que os índios nômades que habitavam a região das Missões no Rio Grande do Sul durante o verão, no inverno partiam para o Paraná, em direção da região de Foz do Iguaçu, e levavam consigo frutos de butiá para alimentação. Desta forma, como os passarinhos, os índios auxiliavam na proliferação do fruto por toda região Sul do Brasil, pois muitos jogavam as sementes pelo caminho.
Esta rota, por onde eles passavam, hoje é conhecida como a Rota dos Butiazais, e atualmente recebe mais atenção de grupos ligados a pesquisadores e universidades, pois com a coleta indiscriminada do fruto, o Butiá está incluso na lista de Plantas Brasileiras Ameaçadas de Extinção.
Os ecossistemas de butiazais têm grande valor paisagístico, de biodiversidade e histórico-cultural. Desta forma, a observação das boas práticas em relação a coleta do fruto deve ser praticada, para garantirmos que próximas gerações também tenham a oportunidade de conhecer o Butiá.
Para a saúde, os Butiás da região do Paraná tem um alto teor de vitamina C e antioxidantes, que são conhecidos por reduzir o colesterol e prevenir doenças cardíacas e derrames.